Está na moda mais um processo de motivar os que trabalham,,,, a trabalhar mais - dizem, a "motivar " mais - para lucro da empresa empregadora e dos que para ela trabalham ; parece que dirigir é sacar mais dos dirigidos. A semântica também aqui é cara : os trabalhadores passaram a empregados e agora a colaboradores; e os gerentes, passaram a gestores, depois a administradores e agora dão pelo nome de governadores...
Por isso não espanta que os capatazes ou chefias das empresas ( agora organizações empresariais ) que utilizavam métodos de "motivação " dos trabalhadores que começaram na ponta do chicote e chegaram , com o Taylorismo, ào punho da mão que assina o cheque , por isso não espanta, dizia eu, que os novos "capatazes" continuem na senda de novas " motivações ".
Acontece que o " target " é o mesmo de sempre: mais lucro para o dono da empresa, um bocadinho mais para o motivador, e o suficiente para o trabalhador continuar a trabalhar para os anteriores.
Tenho ódio ao comunismo, mas desagrada-me que gente inteligente, de empresários a quadros de empresas, não pense mais na função social das empresas.
Porque, entre o taylarismo e o coaching vai, apenas...., uma questão de grau. A essência da coisa é a mesma.
Recentemente vários "estudos científicos" da psicologia social, vieram "demonstrar" outra tautologia: as pessoas mais simpáticas vão mais longe na sua profissão do que as simpáticas assim-assim, e muito mais que as antipáticas!. Como o mundo anda sempre às voltas, o mesmo já tinha sido dito...pelo filósofo/economista do séc. VIII ... Adam Smith!
Mas os mesmos "estudos" ( por exemplo da escola da Universidade de Berkley, na Califórnia ) disseram que as criancinhas já nascem com os genes da simpatia e, por isso mesmo, são boas, ficando más quando o meio ambiente da infância as põe más. Ora, meus caros, aqui o vosso amigo autor deste post, já em 1986 tinha escrito ( Bases Psicoterapêuticas Na Prática Clínica - edição Laboratórios BIAL ) que todos nascemos com três sentimentos básicos, a saber: a afeição, a cólera e o medo. Claro que com o tempo vamos misturando estes sentimentos entre si, e acabamos com um " portefólio" de dezenas de sentimentos. Todavia , se virmos bem, todos eles derivam sobretudo de um deles. Assim, da afeição resultam os sentimentos / base de prazer, idoneidade,amor, felicidade e esperança: e cada um destes rebenta ( como no crescimento duma árvore), em numerosos outros, que por sua vez se complexificam em muitos mais : daí a complexidade da Vida.
E com os sentimentos básicos de cólera e de medo ocorre o mesmo.
De modo que, quando nascemos, apetrechados por capacidades genéticas básicas de afeição, medo e cólera, rapidamente vamos elaborando o que virá a ser a nossa propensão básica na vida de relação - e portanto também no Emprego!-. E, a MOTIVAÇÃO, ocorre preferencialmente quando o galho da Afeição e sentimentos dele derivados, crescem na árvore da Vida mais depressa que os de Medo ou Cólera....
O medo tende a ocorrer quando a criança, ainda bebé e depois disso se defronta com obstáculos e não tem "poder" para os ultrapassar e assim releva os sentimentos ligados ao medo;
Se a crança se defronta com obstáculos que quer remover de qualquer modo e tem "poder" desenvolve a cólera;
na ausência destas duas situações, é claro que tende a desenvolver ainda mais a afeição e sentimentos afins, como o amor.
É assim tão difícil de entender que "motivar" é sempre cultivar no outro mais amores e afins?.
Proximamente irei escrever aqui sobre o amor, coisa importante, por exemplo, para o desenvolvimento das empresas. Fica prometido.
Vou cobrar, caso não cumpras o prometido...
ResponderEliminarSerá que o amor da familia e o meio em que está inserido não são muito importantes para a elaboração do "portefólio"?
ResponderEliminarAs ramificações desenvolvem-se de um modo anárquico?.G.Carita
Boa tarde Doutor.
ResponderEliminarDesculpe estar a usar o seu blogge para tentar obter o seu contacto; será por deficiência minha não o ter encontrado, admito .....).
Cumprimentos.
Fernanda
carvalho.carvalho47@gmail.com