quarta-feira, 14 de outubro de 2009

MAITÊ PROENÇA

Dizem  para aí que você é puta.
Que você é drogada.
Que você é burra.
Que você como artista é uma grande escritora, e como escritora é uma grande artista.

Eu tenho a minha opinião: você é simplesmente proença!

De proença sai proencéfaléfalo, quer dizer, monstro que apresenta a maior parte do encéfalo fora do crâneo - por isso tinha de ser assim..,um bocadinho dadá...,pois se não tem encéfalo frontal!

De proença deriva proestro, quer dizer, o período que precede as manifestações do estro, também conhecido como cio - por isso você é.... muito dada!.

De proença resulta profanete, quer dizer, a modos que libertina com drogas!

De proença sai o termo profano, quer dizer sacrilégio (por exemplo para com os avós)!

De proença se deduz proeza, que , no seu caso, segundo o dicionário , significa censurável ou escandaloso!

De proença vem o termo profectício que significa os dons que procedem por herança dos ascendentes!

De proença tem origem na toponímia nacional, depois da nova, proença-a-velha.

De proença, ....de proença,

De proença ...., só podia  resultar....proença!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

BARACK OBAMA

Neste estranho mundo, esta estranha Academia Nobel, decide nomear para Nobel da Paz as intenções estranhas ( porque desconhecidas - só são conhecidas as da campanha eleitoral que venceu, mas agora que exerce, os desígnios do real são outros e andam, natutalmente, esconsos) dum Presidente que verdadeiramente ainda não começou a governar, para além de ter decidido pedir mais tropas ao Pentágono para fazer mais e melhor guerra no Afeganistão. e para além de ter subtilmente chantageado os aliados da Nato (e.g., Portugal ) para fazerem o mesmo.
A Academia Nobel acaba de dar crédito a Adler, o discípulo de Freud ( tão suspeito de humanismo que inventou as "social workers", vulgo assistentes sociais ) que introduziu as noções de "complexo de superioridade e de inferioridade". O primeiro complexo (inconsciente) justifica o racismo;o segundo, o racismo ao contrário.
O gesto da Academia não é o contrário do racismo; é o racismo ao contrário!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A MARIA DA FONTE

Hoje, diz-se, comemora-se a implantação da República.
E o ambiente é triste. Parece que já não há republicanos capazes de dar a vida pela causa.
O Presidente da República, manifestamente tenso, afastou-se do primeiro-ministro, como um soberano  zangado com ele e o povo que o elegeu.
Mais um ou dois discursos tão delirantes como o de terça-feira do Presidente da nossa República, e temos de olhar para a Causa Monárquica como uma opção.

Já aqui o sugeri, com a reserva de nunca, como psiquiatra, ter observado o professor Cavaco. Mas parece uma pessoa doente. Na Monarquia quando isso acontecia era implícita a destituição. Na República este caso não está claro aos olhos dos portugueses ( apesar de previsto na Constituição) porque parece que, por apenas cinco anos de presidência, é caso que não se põe. Mas põe!

E o pior é que não é novidade a tendência para a intromissão activa dos presidentes na vida ideológica e normativa dos portugueses. Foi assim com Eanes, Soares, Sampaio..ou Cavaco. E vai continuar a ser assim enquanto para alguém poder candidatar-se,  ter de se ser conhecido por ter uma carreira num partido político. É por isso que após as eleições, os eleitos, todos eles, fazerem questão de dizer que são o Presidente de todos os portugueses. Pela mesma razão que o meu pai me explicava que quando um ministro das finanças diz que a inflação está absolutamente controlada, é porque ela já subiu.

E tudo isto é mais grave dada a ideossincrasia do Ser Português. Na verdade, em Portugal tudo o que acontece não morre de morte natural, tão pouco de morte valorosa: em portugal murcha-se. Quando vemos como ocorreu o 5 de Outubro, percebemos que não foram os republicanos que impuseram a República, mas a ausência de convicções monárquicas. Como o 28 de Maio de 1926 que abriu portas à  ditadura do Estado Novo ocorreu por demissão dos democratas. Bem como o 25 de Abril que só foi possível pela degeneração do Estado Novo que nem aos seus próceres encantava.

Mas a coisa vem de trás, quando, em plena guerra da Patuleia, três potências -Inglaterra, França e Espanha - decidirram, muito calmamente por nós-, que o nosso país seria governado pelos cartistas em vez dos setembristas. E quem eram uns e outros? Uma enorme confusão de gentes que, objectivamente não sabia, em concreto , o que queria. Se Presidente ou Rei, se outra coisa qualquer.E, na Casa Branca, em1847, junto a Crestuma, no Douro, nos obrigaram assinar a Convenção de Gramido.

Ou muito me engano ou, nos próximos anos vamos assistir à discussão sobre a natureza do regime - à medida da degenerescência do actual.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

IMPEACHMENT


A história do vocábulo paranoia abrange as vissicitudes simultâneas e às vezes divergentes de uma palavra de fortuna incerta ,  por um lado, e por outra de especialização de fenemenologia psiquiátrica analítica dos estados delirantes.

Quanto ao termo paranoia, cujo sentido geral primitivo se referia às alterações psiquiátricas do pensamento, era para a escola alemã - a mais forte do mundo psiquiátrico - sinónimo de doença mental, para além dos transtornos da inteligência ( e.g. atraso mental )  ou da afectividade (e.g. psicose maníaco-depressiva).

Depois de Sander, Schele, Morselli, Buccola e outros, Kraepelin, o famoso psiquiatra, limitou definitivamente a paranoia aos delírios crónicos caracterizados por: a) desenvolvimento lento e insidioso, por influência de causas endógenas de um sistema delirante,  inamovível, e insusceptível à argumentação lógica; b) este delírio acompanha-se ( e isto diferencia-o da generalidade dos delírios crónicos ), da conservação plena da claridade de consciência ( e.g. sabe muito bem quem é e onde está ) e de ordem lógica do pensamento ( mas a partir de pressupostos grosseiramente falsos ), bem como da conservação da capacide volitiva ( da vontade própria ) e da acção ( capacidade de agir ).

Kraepelin vai mais longe, e estabelece uma "constituição" ( biotipologia ) do paranóico:
A sobre-estima do Eu ( geralmente sob a forma de um orgulho e uma vaidade velada, às vezes vestida nos trajos da modéstia, ou do estoicismo ).
Traços evidentes de receio, preludiando ideias de perseguição, geradoras de sentimentos de inquietação e de suspeita.
Daí, tendência para o isolamento e vitimização.
A distorção do pensamento, que depende, por um lado, da preponderância dos valores afectivos ( e. g. lealdade ) sobre os resíduos empíricos ( Dromard ) e que se agrava com um "amor muito estranho à lógica"( Montassut ). Assim, o paranoico justifica todas as suas opiniões , dispondo-se a mover-se no paradoxal até chegar ao absurdo ( a paralógica) com uma obstinação irredutível ( psicorrigidez ) o que predispõe a interpretações delirantes.
A inadapabilidade social é uma quase constante, resultante do que fica antes dito, mais traços de timidez, melancolia, tédio, hipererestesia afectiva.
As psicoses paranoicas agrupam todos os estados delirantes crónicos com múltiplos aspectos clínicos, mas com um tronco comum:  sempre um delírio sistemático, logicamente construído sob premissas falsas, com boa adequação ao real e claridade de consciência, com evolução crónica e sem verdadeira demência terminal.
Daí a dificuldade para o comum dos mortais de perceberem que estão frente a um delirante crónico.
São geralmente biotipologicamente asténicos, leptossómicos longilíneos, de cabelo fino, face aguçada e extremidades longas.